TV UFMG estreia série sobre cientistas negras
Cida Moura, da ECI, é a primeira entrevistada da produção, que terá três episódios
A TV UFMG estreou nesta sexta-feira, dia 22, a série Cientistas negras. Em três episódios, a produção, que integra o selo Diversidade do canal, busca, por meio do recorte racial e de gênero, mostrar as importantes contribuições de pesquisadoras negras para a ciência.
Mulheres de diferentes gerações e áreas do conhecimento, elas estão cadastradas no Banco de Fontes Negras da UFMG, lançado no ano passado, durante o Novembro Negro, pelo Centro de Comunicação (Cedecom) para identificar pesquisadoras e pesquisadores negros e auxiliar a imprensa na produção de conteúdo científico ou jornalístico.
Apesar de avanços, as cientistas negras brasileiras ainda são subrepresentadas em espaços acadêmicos e de pesquisa. Essa situação reflete desafios históricos no Brasil, como o racismo estrutural, a desigualdade de gênero e o sexismo. A falta de cientistas negras como exemplos e modelos dificulta a identificação de jovens negras com a área da ciência e a busca por carreiras nesse campo.
Para avaliar esse cenário, a TV UFMG entrevistou a professora Maria Aparecida Moura, da Escola de Ciência da Informação (ECI), que, em 20 de novembro de 2012, Dia da Consciência Negra, tornou-se a primeira professora titular negra na UFMG. As reflexões de Cida Moura abrem o primeiro episódio de Cientistas negras.
Fontes negras e banco de pesquisas
No Banco de Fontes Negras da UFMG, além dos nomes e áreas de conhecimento, também consta o link do currículo Lattes para que os interessados possam conhecer a formação e publicações das pesquisadoras e pesquisadores negros. O banco está hospedado na página da Assessoria de Imprensa no Portal UFMG, e a solicitação dos contatos das fontes deve ser feita pelo e-mail assessoriadeimprensa@ufmg.br.
O Cedecom também deu início ao mapeamento de pesquisas da UFMG com recorte racial para compor seu banco. O formulário também ficará aberto em fluxo contínuo para o cadastro de professores, estudantes, servidores técnico-administrativos em educação (TAEs) e pesquisadores que abordem questões raciais. O banco de pesquisas sobre raça também tem o objetivo de mapear especialistas para atender a demandas da imprensa em temáticas raciais em diversos contextos.
Produção
Equipe: Soraya Fideles (reportagem e edição de conteúdo), Eliane Estevão (produção), Ângelo Araújo e Lucas Tunes (imagens), Otávio Zonato (edição de imagens), Isabela Perdigão e João Teixeira Jr. (videografismo) e Pedro Campos (transporte)
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