Os 99 noventa e nove anos de nascimento de Fidel Castro o ex- dirigente cubano.
Fidel Alejandro Castro Ruz, conhecido como Fidel Castro, foi um político revolucionário, que governou Cuba como Primeiro ministro entre 1959 a 1976 e depois como presidente de 1976 a 2008. Era um nacionalista marxista leninista, nascido em Biran-Cuba, no dia 13 de agosto de 1926 e falecido em 25 de novembro de 2016 em Havana.
Com sua morte deixou dois filhos o Fidel Angel Castro Dias Balart, que formou-se e doutorou em Física matemática, pelo Instituto de energia Atômica I.V. Kurchotov pela Universidade Estatal de Lomonosov de Moscou. E que sofria de uma intensa depressão, acabando por suicidar-se em fevereiro de 2018. Outra filha de Fidel trata-se de Alina Fernandes Revuelta, fruto da história de amor entre Fidel e Naty Revuelta.
Fidel Castro é uma personagem especial de nosso tempo. E segundo Emir Sader ele e Lênin são os dois maiores dirigentes revolucionários do Século XX, tendo Fidel Castro foi projetado para o novo século o XXI. E se observarmos a biografia dos dois veremos que eles reúnem as qualidades de grandes dirigentes de massa, de grande dirigente de partido e de grandes estadistas o que Sader chama de as três dimensões essenciais de um dirigente revolucionário.
E aponta que ambos tem em comum a dificuldade de publicações de suas obras, porque como dirigentes revolucionários, o essencial destas obras está em discursos. Se observamos Lenin veremos que ele teve um período de produção escrita. E escreveu obras primas como "O Desenvolvimento do capitalismo na Rússia", "O que fazer?", "O Estado e a revolução", Imperialismo etapa superior do capitalismo dentre outras obras.
Se observarmos Fidel Castro, ele escreveu o programa inicial da revolução cubana, quando ainda estava na prisão, "A história me absolverá", como defesa no processo contra os atacantes do quartel de Moncada, mas também como libelo contra a ditadura de Batista .Fidel concedeu várias entrevistas filmadas ou escritas dadas a Gianni Mina, a Frei Beto ao jornalista espanhol Ignácio Rammonet, Fidel fla sobre diversos assuntos e temas sobre a sua vida e praticamente todos os temas essenciais vividos por ele .
Fidel sempre mostra sua reflexão estratégicas e os balanços que faz com o passar do tempo. Fala dos momentos cruciais da América Latina e de todo o século na tentativa de invasão da baia dos Porcos, passando pela Declaração Socialista da revolução até chegar à crie dos foguetes de 1962.
E recorda que Fidel falada negociações feita entre Kruschev e Kennedy, sem consulta-lo. E diz que esse era o momento decisivo para que o país pudesse recuperar a base naval de Guantánamo, ocupada pelos Estados Unidos desde o final do Século XIX em trocada retirada dos foguetes soviéticos.
O livro de Ignácio Ramonet, ele interroga Fidel sobre todos os assuntos, e segundo Emir Sader é uma obra indispensável, para todos aqueles favoráveis e aos contrários ou que buscam paradigmas interpretativos, e escreve como um personagem cósmica de nosso tempo.
Quando observo a figura histórica de Fidel Castro, recordo sempre que os Estados Unidos incentivou por meio de sua propaganda capitalista, vendendo ilusões a saída do povo da Ilha. E há um episódio bastante conhecido foi que o iate da rainha Elisabeth II da Inglaterra voltava para Londres vindo da Flórida-EUA, quando em 1991 avistou uma balsa frágil com um solitário náufrago à deriva. Era um dos 450 cubanos que tentava perseguir o sonho encantado propagado por americanos. O iate britânico recolheu os náufrago e entregou as autoridades americanas. E ninguém questionou por que entregar tantos seres humanos de um país como Cuba a um outro país como Estados Unidos da América. O país que fez um embargo politico e econômico a Cuba, inclusive muito além da guerra fria. Mas sei que foram num total de 2746 pessoas cubanas, que os Estados Unidos dizia que não sabia o que fazer. isso vejo como um violação à soberania e à legislação internacional.
Os acordos internacionais, junta-se aos botes feitos pneus e com muita fantasia na cabeça, muitos cubanos arriscaram para a chamada viagem de destino desconhecido. Fidel diante destes episódios . Sempre afirmou "A construção do socialismo é uma tarefa de seres humanos livres" e essa tem sido a norma do governo cubano em relação a imigração, ninguém está obrigado a ficar, quem quiser pode ir, mas é preciso ficar evidente é melhor que ficasse para contribuir com o seu esforço para o desenvolvimento do país.
Um outro grande momento que me vem a mente a figura de Fidel, foi quando o presidente do Brasil João Goulart enviou ao presidente John Kennedy, a carta de contra o bloqueio econômico dos Estados Unidos em relação a Cuba. Bloqueio esse decretado em outubro de 1962, devido aos misseis soviético instalado pela então União Soviética. Porém a URSS já não existe mais, os misseis foram retirados a muito tempo, naquela época a guerra fria estava congelando o mundo. Porém o bloqueio continua por isto digo além da guerra fria. Na época de Jango ele critico o que chamou de ampliação abusiva da Resolução II de Punta del Este, que não outorgava a Organização dos Estados Americanos -OEA, a encomendar investimento sobre a situação interna de nenhum país.
Quando penso em Fidel Castro, recordo da frase de Karl Marx "Os homens fazem suas própria história, mas fazem em determinadas condições herdadas do passado, em condições que não foram criadas por eles" Desta forma Marx não dá uma chave universal para decifrar o passado e abrir definitivamente as portas do futuro. Mas marca um ponto de partida de uma investigação sobre o sentido da história, que é algo inesgotável. E hoje podemos dizer camarada Fidel Alejandro Castro Ruz, presente agora e sempre, neste simbólico 99 anos de seu nascimento e nos 7(sete) anos de seu desaparecimento eternizando -se para a história, que consolida-se a sua figura de grande dirigente político.
Manoel Messias Pereira
professor de história, jornalista e poeta brasileiro
São José do Rio Preto -SP. Brasil
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