O amado Camarada Jorge Amado
Hoje falamos dos 112 anos de nascimento de Jorge Amado e nesta semana completou-se 23 anos sem a sua presença física. histórica do camarada Jorge Amado. E não há como passar o mês de agosto sem falor desta figura importante na vida, na história deste poeta romancista, que tanto inspirou brasilidade em diversas obras literárias.
O que pude rever lendo essa página, um pouco da biografia do autor e suas perspectivas ainda em relação ao seu trabalho.
Em relação a sua biografia consta que ele nasceu na fazenda Auricídia no sul da Bahia, portanto nascido em 10 de agosto de 1912 em Itabuna- BA seu pai era João Amado um comerciante sergipano e sua mãe Eulália Leal Amado. Curso o primário em Ilhéus e o secundário no Colégio jesuíta Santo António Vieira em Salvador. Porém ele veio a falecer em 6 de agosto de 2001.
Deste colégio ele fugiu e começou a frequentar as rodas literárias opositoras do modernismo. E em 1930 mudou-se para o Rio de Janeiro, para fazer o curso de direito estimulado por amigos e entre eles o escritor Augusto Frederico Schimidt. E nesta época lança o seu primeiro romance "O país do carnaval".
E o seu segundo livro foi "Cacau" que seria aprendido e logo depois liberado. Aproxima da militância comunista, e fugindo das perseguições politicas no Brasil vai viver no Uruguai. E ai seus livros passam a serem traduzidos e ele lança Jubiabá, obra essa que permitiu a Pierre Verger vim conhecer a Bahia e se encantar e morrer franco-bahiano.
Porém o que chama-se a atenção no jornal da Folha de São Paulo de 6 de julho de 1991, é a pagina6-7, pois lá continua a reportagem de Jorge e ele fala, sobre politica, sobre o congresso e sobre o Partido Comunista Brasileiro.
Em 1946 ele afirma que ele não foi eleito para ser constituinte mas para ser deputado. Quando chegou em janeiro para a posse resolveram que seriam constituinte. Nesta época o PCB tinha 16 deputados federais e Luis Carlos Prestes era o único senador.
Ele afirma que foi deputado contra a sua vontade pois nunca teve vocação para ser parlamentar, disse que o partido colocou na lista e ele que já era conhecido teve a maior votação da história, na época podia votar no candidato em todo o país. Assim que foi eleito escreveu uma carta de renúncia, e foi viajar com a sua esposa a Zelia Amado. Visitaram o Rio Grande do Sul, o Uruguai e Argentina, quando Luis Carlos Prestes pede para voltar ao Brasil e assumisse o cargo de deputado. E Preste insistiu que ele teve uma votação grande e não poderia nem fazer isso, pois parecia que o partido havia apenas usado o seu nome e assim ele voltou e assumiu o mandato.
E assim no mandato, ele fez talvez o maior beneficio a todos sobre a "Liberdade Religiosa", como ele disse a perseguição as religiões de matriz africana era grande, nas palavras dele era brava. E ele disse que em viagem ao Ceará ele viu Igreja protestante ser incendiada e em relação ao candomblé, na religião de matriz africana era porrada grossa era prisão.
E sobre isto no livro Jubiabá, que recorda o pai de santo Manuel Jubiabá, que chegou a ser preso.
Outro trecho desta grande reportagem ele fala sobre a entrada de Oswald de Andrade no PCB, e ele reportou ao camarada Oswald e disse voce está fazendo besteira, pois no partido a disciplina é muito dura e que seria difícil para você aguentar. Ele afirma que Oswald de Andrade havia brigado com ele.
Mas Oswald de Andrade queria ser candidato. e Jorge Amado disse lutei muito para que isso não acontecesse. Pelo visto Oswald de Andrade não foi escolhido. Entrou como candidato, Jorge Amado, Caio Prado Jr, José Geraldo Vieira, Monteiro Lobato.
Por fim ele foi pra França devida as perseguição politica e ele cita que na época o partido não deu dinheiro nenhum só disse para ir. Na época escreveu Seara Vermelha e só recebeu o direito deste livro. E foi expulso da França juntamente com outros intelectuais comunistas como Pablo Neruda , Carlos Scliar e entre outros membros.
Outra revelação foi que Jorge Amado fez parte de um filme em 1933, num filme do Ruy Santos em que ele puxa um jumento. Depois há Carmem Santos quis filmar o Cacau, e depois ficou amiga do pessoal que quis filmar sobre o poeta Castro Alves. E fez um roteiro com Mario Peixoto.
Fala da amizade com o amigo Graciliano Ramos, que conheceu em 1933 que conheceu através da militância. E conta que tinha sido prefeito em Palmeira dos Indios e uma coisa que ficou muito célebre foi o relatório de prefeito. E José Américo foi quem trouxe esse relatório para o Rio de janeiro. E ainda fala que José Américo foi um homem Importante para o Brasil porém esquecido. E complementa que depois so reencontrou Graciliano depois que saiu da Cadeia.
Fala que ele foi preso em 1936 no Rio de janeiro, mas o Moacir Werneck de Castro, Rubens Braga o Isnard Teixeira a quem ficou com o pijama de Jorge pois ele entregou o seu pijama ainda no Congresso do partido comunista Brasileiro -PCB. E reafirma eu viu Graciliano morrendo, foi na época que fui para um congresso no Chile. E que Graça um um grande amigo.
Duas fotos que creio é muito significativa nesta obra uma é de um comício de Luís Carlos Prestes, e que tens ao lado Jorge Amado e Oswald de Andrade. Outra foto e Amado ao lado do casal Jean Paul Sartre e Simone Beuvoiar, mas não recordo no texto dele mencionar os dois existencialistas, há apenas as fotos.
Minha mãe de santo e de sangue dizia que quando sonhamos com fotos de alguém sonhamos com eguns, e dizia xou xou, Jorge Amado faleceu em 6 de agosto de 2001, e ele em 1991 disse uma frase que está estampada na reportagem da Folha de São paulo "Num país sem memória quando voce morre, imediatamente eles te esquecem, quando eu morrer vou passar vinte anos esquecidos."
Hoje passou os 23 anos de sua morte e já é tempo de lembrá-lo, E também hoje dia 10 de agosto é a data em que lembramos os 112 anos de seu nascimento, pois Jorge Amado foi somente um, com virtudes, ciúmes e defeitos, escreveu Gabriela Cravo e Canela, o Cavaleiro da Esperança, a Morte de Quincas Berro d'água entre outros grandes escritos.
Em 1987 no dia 7 de março foi inaugurada a Fundação Casa de Jorge Amado na Bahia idealizada e instituída com o objetivo de preservar e estudar os seus acervos.
Manoel Messias Pereira
poeta, jornalista, cronista e professor de história
Membro do Coletivo Negro Minervino de Oliveira
São José do Rio Preto -SP. Brasil
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