A luta de classe no Brasil
No Brasil de 2025, está existindo uma quebra de braço entre o Executivo e o Legislativo. Primeiro o governo de Luís Inácio Lula da Silva que ao longo da sua vida, pautou o seu olhar governamental, pensando nos mais carentes socialmente, e para isto defende um conjunto de políticas públicas, capaz de fazer um equilíbrio neste cenário capitalista, onde se apresenta com evidência o processo de desigualdade, de violência, de suspensões de direitos sociais, além de um disfarce no jogo do explorador que explora o ser explorado. E sua ação é toda para amenizar o jogo do sistema.
Por outro lado temos um Legislativo que representa a elite e sabemos que apenas 10% do Congresso, impulsionam os seus discursos e suas ações para pensar o trabalhador. Portanto num sistema capitalista, em que os ricos pautam suas defesas eles de maneiras óbvias, votam contra a pauta que favoreça qualquer trabalhador. Essa mesma elite que tem um país cujo a herança escravocrata sempre foi bem lembrada nas relações entre patrão e empregado. Portanto temos um Congresso inimigo do povo.
E diante deste contexto o presidente como mandatário executivo, teve esse ano a preocupação de tentar retirar os impostos das cesta básica para que o alimento chegue mais em conta para esse trabalhador assalariado. Pois bem o Congresso votou contra. O governo executivo pensou em propor uma ação em que quem ganha até R$5.000,00 (cinco mil reais) não pague imposto, o Congresso foi contra. O Executivo tentou taxar as grandes fortunas com o aumento do IOF, taxas aos jogos das Bets, o Congresso parece que derrubou a Medida do governo. E isto evidenciou a quebra de braço ou seja escancarou a luta de classe.
Estando num país capitalista em que as relações sociais são pautadas por um neoliberalismo, que expõe o trabalhador, a precariedades a cortes de benefícios, de serviços sociais, a diminuição de direitos trabalhistas e até roubo de aposentadorias, com certos descontos vergonhosos e escabrosos, e vale lembrar que os servidores aposentados do Estado de São Paulo, durante o governo Doria tiveram seus vencimentos roubados pelo Estado com apoio da maioria dos deputados paulista principalmente com os representantes da direita. Deixando em cada aposentado o sentimento de que a direita rouba.
Esses escândalos que envolve os Poderes seja ele Executivo, Legislativo, tem agora a participação do Judiciário. pois como dizia Charles de Le Secondat o Barão de Montesquieu, os poderes se consertam pelos poderes. E esse era o principio do pensar iluminista que qualquer garoto da quinta série aprende nas escolas. Pois é parte do sistema capitalista que impulsionarão as revoluções burguesas, seja a Revolução desde o Protetorado até a Revolução Gloriosa. E mais tarde a Revolução Francesa, com a sua evolução da monarquia absolutista, passando para a monarquia constitucional e depois a Republica. E o pensamento liberal com a evolução do sistema hoje temos no capitalismo brasileiro o neoliberalismo, portanto um novo liberalismo.
E diante deste contexto observamos que o sistema judiciário, o outro poder assim como os outros dois, executivos, e legislativo, tende a cumprir o rito de Montesquieu. E no dia 15 de julho está pautado a Conciliação entre os poderes. E para tal o Ministro Alexandre de Moraes determina a suspensão de decretos do IOF de Lula e do Congresso. Pois o que sabemos a prerrogativa do Orçamento é do Executivo, que convive amargamente com as Emendas Parlamentares Secreta ou seja o povo não pode saber, não existe transparência alguma. E os deputados podem ter dinheiros do orçamento, para suas ações nas bases familiares. E ninguém pode saber quem desvia mais apenas os lideres partidários que controla essa putaria.
E diante deste quadro julho de 2025 passa a ser um mês de expectativas, de esperas, de aspectos que pode melhorar ou também piorar ainda mais a vida dos trabalhadores tudo dependendo desta audiência de conciliação. E pelo visto dentro do jogo republicano capitalista, vemos que o Ministro Fernando Haddad assim como o presidente da Câmara Hugo Mota elogiam a decisão. Que é parte do ritual, do próprio sistema. Mas o que podemos visualizar neste simples episódio é que a luta de classe é algo evidente. E sabemos que no parlamento temos uma distorção imensa. Pois pobre miserável brasileiro, sempre votam em milionários o nos partidos que vão estabelecer ainda mais a sua miséria e precariedade. E o povo que defende a racionalidade como a esquerda pensa deve dia 10 de julho manifestar-se isto publicamente nas ruas. E pede pelo fim da escala 6 por 1, ou seja temos um demanda em que a tecnologia o serviço de automação já libera o trabalhador, que precisa é ter 30 horas, semanais e mais horas para socializar com sua família.
Manoel Messias Pereira
professor de Estudos sociais, História
São José do Rio Preto -SP.
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