Unicamp articula nova parceria com Senai
O novo acordo pretende fomentar a pesquisa aplicada a áreas como a de inteligência artificial e biotecnologia e facilitar a inserção de profissionais no mercado de trabalho
17 jun 2025
Autoria Tote Nunes
Edição de imagem Paulo Cavalheri
Fotografia Antoninho Perri
O novo acordo elenca, entre seus objetivos, fomentar a pesquisa aplicada a áreas como a de inteligência artificial, biotecnologia ou digitalização das empresas
Representantes da Unicamp e do Senai em audiência na Universidade: perspectivas de novos acordos
Depois de acordo firmado no ano passado para a criação de um centro de pesquisa aplicada em ciência de dados, a Unicamp iniciou conversações para o estabelecimento de novas parcerias com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
O novo acordo elenca, entre seus objetivos, fomentar a pesquisa aplicada a áreas como a de inteligência artificial, biotecnologia ou digitalização das empresas e facilitar a inserção de profissionais no mercado de trabalho de maneira a atender à demanda da indústria por mão de obra qualificada.
“Temos muito interesse pelo trabalho que a Unicamp desenvolve em ciência e tecnologia, inovação e também em formação, tanto na graduação quanto nos programas de pós-graduação”, disse o diretor regional do Senai, Ricardo Terra, durante uma audiência na qual se reuniu com o reitor da Unicamp, Paulo Cesar Montagner. “Essas são áreas que a Unicamp trabalha com profundidade e com uma representatividade importante, contribuindo para a ciência e a inovação no país”, acrescentou Terra.
O diretor convidou a Universidade a participar do Inova Talentos, um projeto que une empresas inovadoras a profissionais com vivência acadêmica a fim de impulsionar projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I). A ideia do programa é transformar pesquisas em soluções práticas para a indústria.
“Esse programa pressupõe a inserção de bolsistas, graduandos, mestrandos e doutorandos da universidade em um ambiente industrial, desenvolvendo projetos de inovação com as empresas. Essa é uma grande oportunidade, portanto, de conectar alunos da Unicamp dos três níveis – graduação, mestrado e doutorado – com o setor produtivo”, explicou.
Terra disse que o programa conta hoje com cerca de 400 bolsistas envolvidos em projetos de inovação com empresas, mas há a expectativa de esse número chegar a mil. “Olhando para o lado da indústria, enxergamos uma oportunidade imensa de conectar esses talentos com o setor industrial. Nós, da indústria, temos muita carência e acho que este momento é de conexão”, reforçou.
Projetos em parceria
O reitor da Unicamp afirmou haver a perspectiva de desenvolver muitos projetos em parceria com o Senai. Segundo Montagner, parcerias como essas podem ser estratégicas para o país.
O novo acordo elenca, entre seus objetivos, fomentar a pesquisa aplicada a áreas como a de inteligência artificial, biotecnologia ou digitalização das empresas
Programa fomenta pesquisas na área de inovação e conecta profissionais e a indústria
“A indústria brasileira está se reorganizando, está se reindustrializando, e me sinto muito feliz de saber que a Unicamp é importante para o setor produtivo. O Senai é um importante agente de transformação nacional e fico muito feliz que tenha visto a Unicamp como um parceiro valioso”, disse.
“Com isso, vamos tentar elencar programas e projetos que podemos executar em conjunto para contribuir com este momento do país e ajudar nesse crescimento. Afinal, esse também é o nosso papel. Ajudar o desenvolvimento do país”, finalizou.
Centro de pesquisa
Em dezembro do ano passado, as três universidades públicas paulistas – a Unicamp, a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp) – assinaram um acordo com o Senai a fim de criar um centro de pesquisa aplicada em ciência de dados para a chamada indústria inteligente.
O centro tem como missão desenvolver soluções inovadoras baseadas em dados para auxiliar no processo de transformação digital das indústrias. O instituto serve de elo entre as pesquisas desenvolvidas na academia e as necessidades práticas do setor industrial.
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