Nos 120 anos de nascimento de Jean Paul Sartre
Jean Paul Sartre nasceu em 21 de junho de 1905 em Paris era filho de Jean Baptiste Marie Eymard Sartre, um oficial da marinha francesa, que faleceu em 21 de setembro de 1906 e de dona Anne Marie Sartre, que nascera Anne Marie Scheitzer. Seus avós eram protestante. Porém Sartre sempre foi ateu.
Portanto Jean Paul Sartre ficou órfão de pai com quinze meses de vida. E a sua mãe foi morar com seus avôs seus avôs materno . O Sr. Charles Schweitzer, professor de alemão, um protestante tradicional e casado com a sua senhora sra. Louise Guillem de origem grega.
Pelo que sei Sartre teve uma vida burguesa, foi filósofo, professor, critico de arte e é um dos principais representantes da corrente filosófica do existencialismo. E nisto ele acreditava que todo o intelectual tem de desempenhar um papel fundamental e ativo na sociedade.
E que a existência precede a essência e o ser humano que primeiro precisa existir, para depois definir outras coisas. dizia ele que as coisas são o que são sem se definir e por isso sem ter a essência que suceda a existência.
Porém também ficou bastante conhecido , pela atitude de ser companheiro infinito de Simone Beauvoir a filosofa e feminista. eles tinha uma relacionamento aberto e eventuais conversavam sobre seus outros companheiros e companheiras. E gostavam do sexo a três o trôis.
Porém o que aproximou -me deste autor foi o livro "Náusea" que li e emocionei-me, pela grandeza da obra eram pequenos contos, que narravam experiências como de uma família em que todos eram doentes e todos sobreviviam as aquelas condições, um outro episódio traziam a história de Ramon Cris e Pablo Ebieta, seres da resistência que caíram em mão dos nazistas, entre outras peças importantes deste livro, que confesso não tenho em casa.
Esse livro eu emprestei para um velho amigo de partido e de uma célula que criei no meu local de trabalho onde todos nós éramos filiados ao Partido Comunista Brasileiro -PCB. E de princípio esse amigo me disse que não gostava da obra de Sartre. Levou o livro, leu e devolveu, depois toda a hora me pedia o livro de volta, como se estivesse fazendo uma consulta. Até que resolvi deixar o meu amigo Luís com o livro. E depois ele disse que viciou em ler Sartre.
Há uma frase de Sartre que gosto pensar e senti-la, de quando ele disse "O amor não é só um sentimento .É uma arte," e Beauvoir acreditava e disse "apesar de tudo o amor era menos simples do que julgava. Era mais forte do que o tempo. O amor no fim das contas era feito de inquietações, de renuncias, de pequenas tristezas que surgiram todo instante." Sartre e sua esposa tiveram uma vida de relacionamento aberto, que durou 51 anos até a sua morte.
E esse livro A Náusea foi um conjunto de contos que ele havia começado a escrever em 1929 a 1931 na qual trabalhava para escrever um romance que ele dizia chamar Panfleto sobre a contingência e que virou A Náusea. Um período em que ele foi professor do liceu em Havre e permaneceu lá até 1936.
O anti-colonialismo de Sartre, foi depois que sua mãe concluiu o segundo casamento com Joseph Mancy e eles foram morar na casa de Mancy em la Rochelle, na qual teve contato com árabes, negros judeus. Recordo de uma visita em 1960 que Sartre fez com Beauvoir em Cuba.
Porém o que posso falar foi deste livro que li, emprestei para o camarada Luís. Que um dia acudiu a minha senhora que desmaiou frente ao bar que ele tinha, levou para o Pronto atendimento e mais tarde fomos amigos de trabalho, camarada de partido, criamos uma célula na empresa que atuava. E hoje confesso que não sei dele, só sei que foi um camarada que viciou na literatura de Sartre.
Sartre nasceu como Jean Paul Charles Aymard Sartre, foi filósofo e escritor , crítico francês, representante do existencialismo, e que acreditava que os intelectuais precisam desempenhar um papel ativo na sociedade. Ele que nasceu em Paris também faleceu nesta mesma cidade em 15 de abril de 1980.
Sartre em 1980 recusou o Premio Nobel da Literatura. Ele que dizia que o ser humano está condenado a liberdade. E que a existência precede a essência . Porém o que sabemos é que na musica popular brasileira a canção "Infinita Highway" da banda os Engenheiros do Haway cita a frase "Na dúvida é o preço da pureza" uma frase do seu livro O Muro, uma música que induz a presença do tema existencialista. Para os marxistas sua obra é toda cheia de contradição e há criticas neste sentido. Porem nesta pequena prosa é apenas uma forma de recordar alguns amigos que leram o seu livro e quem sabe começar uma conversa.
Manoel Messias Pereira
professor, cronista
São José do Rio Preto -SP. Brasil
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