Artigo - O ex-presidente do Peru, Pedro Castilho e sua passagem pelo Executivo - Manoel Messias Pereira
O ex-presidente do Peru, Pedro Castilho e sua passagem pelo executivo Peruano
Em 9 de junho de 2021 o Professor Pedro Castilho se declarou vencedor do pleito a presidência no Peru, o país sul americano, limitado ao norte pelo Equador e Colômbia a Leste pelo Brasil ao sul pelo Chile e a oeste o Oceano Pacífico. Um dos países mais desiguais do mundo na qual 1% da população detendo 30% da riqueza do país.
Daqui do Brasil tento olhar para o Peru, e vejo do outro lado, um país encostado no Acre no Amazonas, na Cordilheira dos Andes, com sua história, com sua política, com sua forma de gestar vidas e tenho a declarar que lá estabelece-se uma ditadura, tendo a frente Dina Baluarte, ela que era a vice presidente.
A história reserva-nos um período em que todos os analistas acreditava ter chegado ao poder Pedro Castilho, do partido socialista livre em agosto de 2021, porém vejo dizer que é filiado ao Peru Possível, fundado por Alejandro Toledo. E a sua chegada vencendo as eleições era com o sol da esperança. Assumia um educador, um professor que notabilizou-se por suas greves por melhores condições de trabalho para o magistério.
O que sabemos é que após o resultado das eleições contrariado por adversários políticos, o Parlamento acreditou que ele não teria sido eleito de maneira legal, e tentaram um processo de impeachment por incapacidade moral permanente.
Naquele Estado vimos a pressão aumentar e o Congresso suspeitar de corrupção e defender o seu afastamento temporário do cargo de presidente. Num movimento promovido por legisladores da oposição que tentou por três vezes derrubar o líder Pedro Castilho.
Ele tinha um plano que não passava de forma alguma pelo Parlamento. E também ele junto ao plano tinha uma fala em que dizia que a Suprema Corte defendia a grande corrupção. Ele defendia uma nova Constituição, com uma Assembleia constituinte.
Os fujimoristas dizia ser ele um comunista. Mas ele negou isto e realmente nunca foi. Castilho adotou uma postura até certo ponto conservadora, em coisas como a legalização do aborto e foi contra o enfoque de gênero na educação e relutou em reconhecer os direitos das minorias LGBT. Foi isolando-se. Ficando num canto.
Castilho dizia que deveria manter o estado de direito, e a democracia.. E no dia 1 de dezembro de 2022 o Congresso aprovou uma moção para iniciar o processo de impeachment. Cujo a oposição acusava de incapacidade moral para ocupar o cargo.
No dia 7 de dezembro de 2022, ele foi impedido de ser presidente. E como resposta acreditou no fechamento do Parlamento e pensou num em estabelecer um governo de exceção esse foi o seu maior erro político, acabou sendo preso e deixou uma carta falando da traição de todos. Todos os seus ministros abandonaram e assumiu a vice presidente, que ele disse que também fez parte do golpe.
A presidente Dina Boluarte assumiu, a presidência desde 7 de dezembro de 2022, após o autogolpe de Pedro Castilho e logo de primeira ordem já colocou toque de recolher, e estabeleceu muita violência contra os próprios cidadãos peruanos.
Junto com o golpe veio a violência como vemos essa semana um convulsão social e a população que foi manifestar-se próximo ao aeroporto Alfredo Mandivil Duarte, teve um confronto com a policia do Estado com cinquenta e e dois feridos e oito mortos. Conforme informou a Diretoria Regional de Saúde de Ayacucho (Dire).
Cidadão denuncia que as forças de segurança , policia e exercito tem ordem de reprimir com balas letais, com forças excessivas violando as recomendações internacionais sobre os direito universais dos seres humanos.
O Ministério Público disse que vai fazer uma investigação preliminar contra os supostos responsáveis pelo estado crítico que vive o Peru, Porém as manifestações estão em diferentes regiões do pais. Como Arequipa, La Libertad, Ico, Apurimac Cusco, Huancavelico entre outras localidade.
O que sabemos é que organizaram uma forma de retirar o presidente, deter, abandonar e ele não teve apoio. Não teve não teve orientação devida. E nem experiência. Mudou várias vezes seus secretariado e por fim, encontra-se detido naquele país. E realmente lá instalou-se uma ditadura de direita onde quem deve estar sofrendo com essa crise são os seres humanos que talvez mal tenha condição de avaliar a situação conjuntural do país
Enquanto isto vejo o mundo, do lado da Coreia do norte que testa um motor de combustível solido de alto impulso para desenvolver uma nova arma estratégica. Porto Rico tem uma data marcada ara um referendo, Lopes Obrador disse que a relação coma Espanha continuam em pausa porque não há respeito. Enquanto que o Congresso do Peru rejeita o projeto de avanço das eleições para o ano de 2023. E esse é o cenário que apresenta-se para o momento. Porém todo o momento é dialético e assim caminha a humanidade.
Atualmente Pedro Castilho que fora detido em 7 de dezembro de 2022, por uma tentativa de golpe, e que deveria permanecer por 18 meses na prisão, para investigação, sob acusação de rebelião e golpe de Estado, ao dissolver o Congresso. Prisão que gerou protestos violentos e num Estado de emergência decretado pela vice-presidente, sei que quinze pessoas perderam a vida. E no dia 23 de março de 2023, o que fiquei sabendo era que o Peru dobrava a pena do ex-presidente para três anos de prisão. Porém o professor Pedro Castilho continua negando essa intenção. E assim o professor Pedro Castilho mestre em psicologia educacional, sofreu o impeachment e teve fim ao seu mandato presidencial e não sabemos mais informações, creio que continua preso.
Manoel Messias Pereira
professor de história
Membro do Coletivo Negro Minervino de Oliveira
Membro do Instituto Histórico, Geográfico e genealógico de São José do Rio Preto -SP. Brasil
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