Educar para transformar
Educar é quase um ato de amor, naquilo que desejamos transformar. Educar um verbo que para conjugar necessita a ação do ensinar e aprender e do aprender e ensinar. Ou seja há uma troca ou uma relação de cumplicidade em que o conhecimento é a baliza de troca.
Aquele que aprende sabe que ele também ensinou, aquele que pensa que ensina sabe que ele aprendeu. Tudo parece ser filosófico mas é.
A educação é sempre inspirada nos princípios de liberdade, no solidariedade humana, muito parecida com a ideia da fraternidade do amor entre seres irmãos, camaradas, seres pensantes que tens como viés da leitura do desenvolvimento pleno e integral do ser humano.
Discute-se muito nas rodas de conversa se defendemos uma educação, técnica, científica, clássica, quando a ideia é defender a educação em todos os níveis tais. Ou seja na sua integralidade educativa e isto significa ser libertária. A educação deva ser ao mesmo tempo, técnica, científica, clássica e enfim libertária, transformadora. Pelo menos esse é o conceito que creio melhor para o meu contexto.
E com isso creio, acredito na possibilidade de uma escola, interativa, humana, construída para quem tens a necessidade do educar-se, do seu aprimoramentos social, politico, econômico e social. Jamais educar-se apenas para o mercado, porque o mercado é passageiro ele muda a educação não é para a vida, para o alicerce da construção do seu conhecimento.
E o conhecimento é apenas uma ferramenta que cada um pode possuir, na sua construção diária, na sua leitura de mundo, na interpretação dos signos, na mudanças dos costumes, na regulação dos compartilhamentos sociais entre seres da mesma espécies no caso humanos.
Pensar um escola é pensar num ponto de encontro, numa busca de instrumentar as relações por meio de comunicações onde todos emitem saberes que necessitam de serem aprimorados, estudados, refletidos, condicionados, aplicados, construídos e aprofundados nas suas devidas medidas. Não são todas as pessoas que devam buscar esse caminho. Nem deva ser obrigatórios todos se desenvolver, até porque senão será uma intromissão na consciência de quem não quer. E aí temos uma violência explicita.
Sei que muitos vão acreditar que existe uma escola de elite e uma escola de meia boca, ou não há escola. Eu diria que existe uma escola refletida sobre as condições da existência humana e todos podem ter esse direito como estou pensando desde que haja os requisitos para tal. Ou seja se uma escola é um ponto de encontro de democracia libertária, onde as relações estão abertas, onde as expressões precisam desta liberdade para transformar. E não deva ter caixas do sistema para atrapalhar.
Embora quem não deseja educar-se mas apenas caminhar até a escola, para passear, para fingir estudar, ou ficar diante do computador sem no entanto estabelecer o aprendizado é um direito que não passa pela educação, mas sim pelo desenvolvimento psicológico, antropológico, talvez religioso, talvez metodológico são áreas a ser estudada. E que está fora de um projeto de transformação. Ou seja precisa aprimorar a ideia do educar-se para transformar e esse é o requisito.
O conhecimento é algo que necessita de teorias, e elas não são jogos de sábios de gabinetes como aliás falava comentava o social democrata revolucionário Karl Kautsky, mas uma questão prática, pois não serve apenas para satisfazer a necessidade de saber, de satisfazer, de desvendar o misterioso, mas sim um objeto econômico na qual todos nós teremos mais facilidades entre as coisas da realidade e poupamos gastos inúteis de forças a todo o momento.
Eu espero sempre que cada ser humano possa contribuir-se, para pensar um a escola, para além da escola, para um educar além das relação entre educando e educador, que possa pensar um país e um mundo melhor do que pensamos que encontramos com humanidade , respeito, solidariedade fraternidade e internacionalidade. Cada um de nós somos portadores de conhecimentos que precisam aprofundar, e compartilhar entre todos numa só corrente a de libertar-se do status de ignorância. Eu penso assim, transformando as estruturas educacionais para transformação do mundo.
Manoel Messias Pereira
professor de história, cronista
São José do Rio Preto- SP. Brasil
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