Pular para o conteúdo principal

Crônica - Educar para transformar - Manoel Messias Pereira

 






Educar para transformar


Educar é quase um ato de amor, naquilo que desejamos transformar. Educar um verbo que para conjugar necessita a ação do ensinar e aprender e do aprender e ensinar. Ou seja há uma troca ou uma relação de cumplicidade em que o conhecimento é a baliza de troca.

Aquele que aprende sabe que ele também ensinou, aquele que pensa que ensina sabe que ele aprendeu. Tudo parece ser filosófico mas é.

A educação é sempre inspirada nos princípios de liberdade, no solidariedade humana, muito parecida com a ideia da fraternidade do amor entre seres irmãos, camaradas, seres pensantes que tens como viés da leitura do desenvolvimento pleno e integral do ser humano.

Discute-se muito nas rodas de conversa se defendemos uma educação, técnica, científica, clássica, quando a ideia é defender a educação em todos os níveis tais. Ou seja na sua integralidade educativa e isto significa ser libertária. A educação deva ser ao mesmo tempo, técnica, científica, clássica e enfim libertária, transformadora. Pelo menos esse é o conceito que creio melhor para o meu contexto.

E com isso creio, acredito na possibilidade de uma escola, interativa, humana, construída para quem tens a necessidade do educar-se, do seu aprimoramentos social, politico, econômico e social. Jamais educar-se apenas para o mercado, porque o mercado é passageiro ele muda a educação não é para a vida, para o alicerce da construção do seu conhecimento.

E o conhecimento é apenas uma ferramenta que cada um pode possuir, na sua construção diária, na sua leitura de mundo, na interpretação dos signos, na mudanças dos costumes, na regulação dos compartilhamentos sociais entre seres da mesma espécies no caso humanos.

Pensar um escola é pensar num ponto de encontro, numa busca de instrumentar as relações por meio de comunicações onde todos emitem saberes que necessitam de serem aprimorados, estudados, refletidos, condicionados, aplicados, construídos e aprofundados nas suas devidas medidas. Não são todas as pessoas que devam buscar esse caminho. Nem deva ser obrigatórios todos se desenvolver, até porque senão será uma intromissão na consciência de quem não quer. E aí temos uma violência explicita.

Sei que muitos vão acreditar que existe uma escola de elite e uma escola de meia boca, ou não há escola. Eu diria que existe uma escola refletida sobre as condições da existência humana e todos podem ter esse direito como estou pensando desde que haja os requisitos para tal. Ou seja se uma escola é um ponto de encontro de democracia libertária, onde as relações estão abertas, onde as expressões precisam desta liberdade para transformar. E não deva ter caixas do sistema para atrapalhar.

Embora quem não deseja educar-se mas apenas caminhar até a escola, para passear, para fingir estudar, ou ficar diante do computador sem no entanto estabelecer o aprendizado é um direito que não passa pela educação, mas sim pelo desenvolvimento psicológico, antropológico, talvez religioso, talvez metodológico são áreas a ser estudada. E que está fora de um projeto de transformação. Ou seja precisa aprimorar a ideia do educar-se para transformar e esse é o requisito.

O conhecimento é algo que necessita de teorias, e elas não são jogos de sábios de gabinetes como aliás falava comentava o social democrata revolucionário Karl Kautsky, mas uma questão prática, pois não serve apenas para satisfazer a necessidade de saber, de satisfazer, de desvendar o misterioso, mas sim um objeto econômico na qual todos nós teremos mais facilidades entre as coisas da realidade e poupamos gastos inúteis de forças a todo o momento.

Eu espero sempre que cada ser humano possa contribuir-se, para pensar um a escola, para além da escola, para um educar além das relação entre educando e educador, que possa pensar um país e um mundo melhor do que pensamos que encontramos com humanidade , respeito, solidariedade fraternidade e internacionalidade. Cada um de nós somos portadores de conhecimentos que precisam aprofundar, e compartilhar entre todos numa só corrente a de libertar-se do status de ignorância. Eu penso assim, transformando as estruturas educacionais para transformação do mundo.


Manoel Messias Pereira

professor de história, cronista

São José do Rio Preto- SP. Brasil





Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Fatos Históricos, politicos e sociais do dia 7 de junho - Art & Conscientia

  Em7 de junho de 1494- O Tratado de Tordesilhas é assinado entre Portugal e Espanha dividindo entre si o novo mundo. É neste mapa foi como ficou o Tratado, uma vez que esse mapa é o de Alberto Cantino e que foi feito em 1502. Por meio da copilações (método rudimentar dos mapas medievais) que inclusive já registrava o Brasil, 172 anos da posse portuguesa que para cá enviou Pedro Alvares Cabral em 1500. Em 7 de junho de 1692 - Em Port Royal na Jamaica é atingido por um sismo catastrófico em apenas 3 minutos morreram 1600(Um mil e seiscentas) pessoas e 3000 (Três mil) ficaram feridos. Em 7 de junho de 1839 nasce Tobias Barretos, escritor brasileiro, filósofo, poeta. Falecido em Recife em 26 de junho de 1889 Em 7 de junho de 1908 -O papa Pio X, por meio da Bula Diocessium Nimiam Amplitudinem, cria as dioceses paulistas de Ribeirão Preto, São Carlos, Botucatu, Campinas e Taubaté. O povoado de são José do Rio Preto passa a pertencer a diocese de são Carlos, tendo como bispo diocesano D...

Fatos Históricos, Políticos e sociais do dia 4 de agosto - Art & Conscientia

  Em 4 de agosto de 1578 - Falece  em Alcácer- Quibir no Marrocos, D. Sebastião I, o rei de Portugal, apelidado de "O Desejado" e o "O adormecido" rei de Portugal e de Algarves de 1557 até o seu desaparecimento. Era filho de João Manuel príncipe de Portugal e de Joana da Áustria, ascendeu ao trono muito ovem com a morte do seu Avô D. João III, e no Brasil até hoje manteve-se o imaginário da volta de D. Sebastião, o que chamamos em história e na literatura de "dom sebastianismo" um sentimento quase que irreal. Nesta mesma Batalha morre também o sultão do Marrocos Abu Marwan Abd al Malik Saadi, que havia herdado o trono de seu sobrinho Mulei Mohammed que havia refugiado em Portugal e arrastou o seu primo D. Sebastião embora as forças de Mulei, que é conhecido como Mulei Maluco, venceram faleceram os três reis da o nome da Batalha dos Três Reis que não deixou descendência por isto na história do  Brasil tivemos a presença de D. Felipe I o que chamamos de Bras...

Fatos Históricos, Políticos e Sociais do dia 12 de junho - Art & Concientia

  Em 12 de junho de 1817 -Falece em Salvador -BA, Domingos José Martins, executado por fuzilamento pelo crime de Lesa Majestade, era um comerciante de ideias liberais, que defendiam negros e mestiços, um dos revolucionário da Revolução Pernambucana. Ele que nasceu em Sitio Caxangá em 9 de maio de 1781. Em 12 de junho de 1817 em Salvador -BA, o padre Miguelinho como ficou conhecido Miguel Joaquim de Almeida Castro, revolucionário da Revolução Pernambucana, foi morto com perfuração a bala. Ele que nasceu em Nata-RN em 17 de setembro de 1768. Em 12 de junho de 1850 nasce Robert Ivins, explorador português na África , filho de pai inglês e mãe açoriana. Prestava serviço ao estado colonial. Em 12 de junho d 1865 - Falece o marinheiro Marcílio Dias da esquadra real no Brasil, a borda da Corveta. Na cidade de São José do Rio Peto - SP, o seu nome foi lembrado, numa das primaveras associações da comunidade Negra, organizada pelo Griot Sr. Aristides dos Santos (militante do Movimento Negr...